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sábado, 28 de agosto de 2010

Mais Um Lamento - Céu


Vai ser difícil, vai
Encontrar um amor
como o seu, ai
Como dói no meu peito
Seu gosto é bem do jeito
que eu gosto
Bem do jeito,
lamento

Que é só mais um lamento entre tantos já feitos;
quisera desse jeito lembrar de outros tempos
só pra matar um pouco a saudade
mesmo assim querendo que você não ouça
meu grito aqui de longe
minha dor, meu lamento

sábado, 21 de agosto de 2010



Quando o silêncio faz o papel das palavras...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


viver o presente que sim,é um presente ;

terça-feira, 17 de agosto de 2010


E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir;foi triste.Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste,talvez tenha sido melhor assim,uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra,procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão.É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais.Eles não se despediram,a vida é que os despediu,cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.
Creio que será permitido guardar uma leve tristeza,e também uma lembrança boa;que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades;nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio,e de sossego;e um indefinível remorso;e um recôndito despeito.E que houve momentos perfeitos que passaram,mas não se perderam,porque ficaram em nossa vida;que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão;mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?
Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões;se eles vierem,nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos.O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.Ah,talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver;entretanto,é possível que não adiantasse nada.Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes;o silêncio torna tudo menos penoso;lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.
A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo."

domingo, 15 de agosto de 2010


Preciso pousar minha cabeça no teu peito para ter paz
pois os sótãos da memória me falam de segredos terríveis ;


Aqui no presente os "heróis" são aqueles que tornam mágica uma vida que não se pode suportar!

alquímia da escrita (psyque)



A flor azul/poesia
A flor azul foi usada como símbolo do romantismo adotada por novalis
É preciso saber que essa flor é emprestada do simbolismo Alquímico

tratado alquímico fundamental/1798


A substância dos corpos perfeitos e dos corpos imperfeitos – dos metais, por exemplo – era originalmente a mesma. A imperfeição dos corpos é uma propriedade secundária e subordinada criada por uma deterioração cósmica, que transformou a matéria desses corpos, que se corromperam.Uma alquimia curativa fornece aos metais imperfeitos aquilo de que eles carecem e retira aquilo que lhes é supérfluo. Assim, o alquimista se esforça pela redenção da matéria, da natureza, de seu estado de corrupção. Para isso não é preciso apenas trabalho, mas, no momento certo, o contrário: humildade e paciência
A Grande Obra, o Opus Magnum, se desenvolve e finaliza por si mesma. O alquimista apenas cria as condições favoráveis à
"intervenção auxiliadora do alto"
Novalis confirma a lei da ação indireta em vigor: O trabalho necessário para levar a bom termo um processo não consiste, em geral, em mais que um impulso indireto preparatório. Em uma justa atmosfera, as coisas se fazem por si mesmas…
Neste sentido, toda obra se realiza de modo indireto Não a elaboramos, tornamo-la (possível)


“O verdadeiro poeta compreende a natureza melhor do que o cientista.”
Novalis

A transmutação do mundo é realizada pela palavra criadora da poesia nova/eterna
Por ela se dissolvem as formas Cristalizadas
Por poesia compreende-se muito mais que a arte poética
Ela é um ato criador praticado na vida cotidiana e que contribui para o desenvolvimento das sete fases do processo de transmutação
A alquimia poética dissolve os entraves que sujeitam o homem e o mundo ao mesmo tempo em que realiza a união íntima do finito e do infinito
O que procuravam os antigos alquimistas?
Eles tinham por objetivo fabricar o "ouro" em um alambique, eles submetiam diferentes substâncias a processos de fusão e liga para obter o elixir da vida
e realizar a Pedra dos Sábios
Alquimia é mais que isso
Um poema intitulado "Conhece-te a ti mesmo" escrito por Novalis
em 1798 termina assim:

Bem-aventurado aquele que se tornou sábio que já não especula sobre o mundo e busca em si mesmo a Pedra da Sabedoria eterna. Somente o sapiente é digno de ser adepto – ele transmuta tudo em vida e ouro, sem precisar de elixires. A retorta sagrada nele exala – o rei presente nele está – Délfos também; e finalmente ele compreende:
"Conhece-te a ti mesmo".
Os processos alquímicos são estágios do autoconhecimento
As profundezas de nosso espírito nos são desconhecidas
A via secreta que conduz a felicidade esta dentro do seu (desespero)
Toda poesia é Alquimia
Ela nos leva a sonhar materializar
Sentir o gosto o cheiro
Transformamos as letras em suspiros
Transmutamos entre Passado, presente
futuro "Tudo se torna real é magia pura"
A poesia é o autêntico real absoluto Isto é o cerne da minha filosofia
Quanto mais poético mais verdadeiro


O meu silêncio
é uma catedral
de assombro

Onde sussurram
antepassadas vozes
onde repousam
antepizadas pedras

A minha prece
é feita de silêncios

- Se derramo palavras
transbordo as ausências

Que me povoam
Entre minhas mãos
infinitos/desejos

Espaços de tempo
A um passo de mim
é onde sempre
(Te) encontro
Mas não te alcanço
procuro-te
ta escuro sem você..



E se você dormisse? E se você sonhasse? E se, em seu sonho, você fosse ao Paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se, ao despertar, você tivesse a flor entre as mãos?

Um poema não qualquer



a goiana não vê praia
não tem cheiro de mar
a goiana não samba
nem chora no bar

não tem cor de pimenta;
mas como é que se aguenta
viver sem você ?
que um tal de um deus fulano
deus cansado de trabalhar
saiu pra beber domingo
foi amar me deixou pra lá

queria nascer dos teus olhos
ser teu riso a desabrochar
vesti meu coração encardido,
mofado de não usar

goiana dança na ciranda
contida do meu penar
deixa eu brincar na fantasia
doída de ser teu par



Diego Magalhães

19:16.domingo.Um nó bem atado,chafurdado na minha garganta
voltou a me sufocar,depois de exatamente 4 anos.É que aquela coisa suja
que eu apontava com pena,está acontecendo comigo,como se fosse a minha vez
de estar no chão.Eu não posso estar sendo tão medíocre.e eu pensei alguma vez
que tudo ia melhorar?

"tentar ser forte a todo e cada amanhecer..."

sábado, 14 de agosto de 2010

despedida


Parei bem perto de uma praça
pra ver o sol se pôr e ir embora
botei mais lindas vestes,
rosas pr'o cabelo enfeitar,
perfumei-me,enchi-me de flores
e nuvens pra calçar.


Nos carros motoristas
nas calçadas os pedestres
viam brilhante o meu sorriso
e eu nas mais finas vestes

e indagavam com o olhar:
- moça tola!
pensa que o sol vai é raiar;

juliana m.